quinta-feira, 8 de abril de 2010

"I've been the Hiroshima of love. "

Minhas mãos estão calejadas e cansadas, a experiencia não me deu tanta sorte nem tanto azar, minhas canetas estão sem tinta, meus livros estão cheios, minha voz está cada vez mais rouca, e não é de tanto escrever, mas sim pelo fato de isso não significar nada à ninguém, o fato da pessoa sentir pena pra mim, me detioriza como um ácido no meu olho, como se eu bebesse direto de uma veneno concentrado, como diria Sylvester Stallone "I've been the Hiroshima of love."
Minha consciência cada vez menos frequente, com lápsos de memória de uma vida que eu nunca quis ter. Nunca quis ser assim, tão autodestrutivo, tão emocional, um roqueiro sem sentido nenhum na vida. Acho que um dia todas as coisas vão se acertar, eu não vou ficar chorando por amores que só existiram na minha cabeça, e nada mais, você pode ter o mundo todo nas suas mãos, mas a melhor parte esteve sempre na sua cabeça.
Meu olhar fixo para o espelho como se eu mesmo estivesse do outro lado da trincheira, com uma submetralhadora automática carregada até os dentes, me sinto como se tentasse navegar por entre um mar de chumbo em uma vida cinza, sem cheiro e sem sabor. Afundando como um barco de papel por entre soluços.
Como a vida depois de um tsunami, respirando cinzas e tristeza, e angústia que assola meu peito, um vazio, uma falta de explendor. Mesmo estando no meio de seis bilhões e meio de pessoas, não encontro a peça do meu quebra-cabeça, e não vou querer procurar peça por peça hoje, nem amanhã, nem depois, não adianta não vai encaixar, não era pra ser assim.
Eu vejo mesmo que por longe uma vela, uma lâmpada, um farol, mesmo sendo miope dá pra ver claramente o que é, ela que vai ser a única que está comigo até o meu último suspiro, aquela que mora dentro de mim, e todos sabemos que só vai ser você e ela no fim.

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